No meu zaino, à trote largo
Vou chegando no povoado
De sobreiro bem tapeado
Ouvindo o choro do arreio
E o canto da passarada
Mas o som que mais me agrada
É o da coscorra do freio
Linda manhã primaveril
A lo largo no corredor
O trote do pica-flor
Pisando o mar de açucenas
Hoje trago entre meus dedos
Das domas, tantos segredos
E outras lembranças serenas
Rédea solta, assim me vou
Assim me vou, saludo largo
Dando espaldas ao povoado
Meu destino é mais além
Encilhado pra um domingo
Rédea solta, vai meu pingo
Pras coisas que eu quero bem
Então estendo meu rastro
Pra o olhar de quem ficou
Algo assim sem resposta
Sem mesmo saber quem sou