Primavera nas estâncias
Vai povoando mangueiras
Potradas de toda cerda
Pra nossa gente fronteira
Laço estendido nas mãos
E gritos de pacholeio
Um aperta, outro embuçala
No palanque o costeio
Depois coscas e entono
Sacados com pêlo e dor
Ficando por testemunha
O sangue no maneador
Topete e crina aparada
Regalos de algum domêro
Chega potro, sai cavalo
Assim se forja um parceiro
Atado um bocal sovado
Decerto por outro igual
Acomoda bem na calma a boca de um bagual
No más a lida se estende
E a experiência assim ensina
Que a hora de enfrenar
É o potro que determina!
"muy" sujeito e bem disposto
De topar qualquer brazina
Se preciso tranco manso
Pra o andar de alguma china
Assim se forja um parceiro
Na calma que a vida ensina
O homem se faz amigo do potro que arrocina