Ainda me lembro quando a gente arregou
Naquele dia que você me disse adeus
Bati no peito decidido e muito macho
Eu gritei virei o tacho
E fingi que não doeu
Caí no mundo parecendo um andarilho
Um retirante da seca dessa da paixão
Eu me sentia feito um sabugo de milho
Um trem que saiu do trilho
Um refém da solidão
Tomei destino e fui procurar minha sorte
Andei no brejo, sertão curimataú
Beijei princesas no calor de tantas camas
Mas minha dama, nenhuma como tu
Comi o pó e a poeira das estradas
Na ilusão de conseguir te esquecer
Mas como uma andorinha só não faz verão
Eu cheguei a conclusão
Que sem você não sei viver!
Eu engoli o meu orgulho com farinha
E voltei minha rainha
Pois só sei amar você!
Aí! Paraibana!
O mel da cana do teu beijo me adoçou!
Mel de cana caiana!
Eu nunca vi mais doce, que o teu amor!
Aí! Paraibana
Caí no mundo e rodei que nem pião!
Mas a saudade de quem ama é matadeira
Me puxou pela ponteira
E eu voltei pra tua mão!