Somos a vida que os ratos e as baratas trazem
Somos os escorpiões que nasceram
Pra tirar a febre e não a pele
Segurar a sua mão e não sentir a sua insônia breve
Rimar a sua vida com um poema de Drummond
Assim como a doença
Inútil como a cura
O seu medo de baratas
E sua bela vontade de momento
Daqui a pouco eu penso nisso tudo
Como uma história
Q eu sussurro em mil palavras curtas
Outra história
Outro romance barato
Outros lábios, outros olhos
Outra frase idiota
Numa outra história
E os ratos também morrem...