Me lembro da pelada na beira do rio
Naquele fim de mundo todo lambuzado
O tempo corria solto no cariri
Na boca daquela gente Luiz Gonzaga
Da aquela namorada so ficou saudade
Daquele remelexo no canavial
Ouvindo Jakson quebrando tudo com seu pandeiro
Do outro lado meu padin cico do juazeiro
Tudo mudou
Num belo dia, fui pra Sao Paulo
Pra viver ou morrer pela musica
So levava a musica
Na mente o sonho de ser cantor
Eu sou do mato
Eu vim do mato
Eu sou mulato
Eu sou poeta, violeiro
Repentista, embolador e cantador
Eu sou do mato
Eu vim do mato
Eu vi Hermeto
E viva Hermeto Hermeto...
Lembro voce mamae
Quando dizia
Deus te proteja filho
Pra nao voltar
So com desgosto e roupa suja