O vento como se pintasse, maquia tua face com o pó seco e leve.
Apenas rotina, se não desenhasse resposta tão breve.
Explica borrões do carbono, deduz sobre frio e calor,
Desperta o gelo do sono... Eu posso saber, por favor:
__ Se a Terra, febril, fraquejar, quem é que vai sentir a dor?
Com o risco de vida eminente o planeta deu a mão.
Devoto abraçou ateísta; “carlista”, petista; budista, cristão;
O “cardecismo” ao candomblé. Acabou a barreira da crença.
Qualquer desavença esbarrou-se na fé!
Por favor, tempo, rege as estrelas!
Guia o vento! E quando lê-las,
Diz a receita de adoçar os mares!
Águas que podem brotar dos olhares.
Por favor, tempo, rege as estrelas!
Guia o vento! E quando lê-las...
Diz... Diz!
A guerra não faz mais sentido. A Paz inicia contra-ataque.
Sunitas recebem Xiitas. Na mídia do mundo é destaque:
__ Dois povos com a mesma bandeira! América abraça Iraque.
Joio e trigo, medo e perigo, chuva e sol, fome e comida, frio e lençol.
Pele acaricia urtiga, canários sem briga, inimigos de bem
E a fartura pedindo também.
Por favor, tempo, rege as estrelas!...
Atento ao aviso do vento compreenda teu futuro!
Apague o brasão das roçadas! Abrevie um canto seguro!
__Respeite o pulmão do universo ou jogue-se já no monturo!
Por favor, tempo, rege as estrelas!...