Junto a minha choça de sapé coberta
Eu plantei roseiras em diversas cores
Depois de seis meses ficarão crescidas
E se revestirão de bonitas flores
A minha cabocla toda sorridente
Respirava sempre perfumes sutis
Assim minha vida era um paraíso
Apesar de pobre eu era feliz
Uma dessas flores eu a conservava
O sonho sublime do meu grande amor
Era minha amada de rosto moreno
De olhar sereno enfeitiçador
Ao findar novembro as flores fugiram
Levando o perfume que exalava a aurora
A minha cabocla mudou de repente
Fez igual as flores, também foi embora
Só emitiu um bilhete que deixou escrito
Perdão te suplico, peço por favor
Preferi deixá-lo embora sofrendo
Porém compreendo, não lhe dei o amor
Ficou tão deserta a minha chocinha
Sem amor, sem flores, que desilusão
Como eu gostaria que ela voltasse
E me suplicasse a lhe dar perdão
Eu lhe peço perdão, amor!
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)