Quando a tarde declina,
veste a campina seu manto de prata;
Tudo é beleza,
sorri a natureza no verde da mata;
Regressa da roça
pra sua palhoça, de pé no chão,
A cabocla bonita
roga a paz infinita em sua oração:
Ave-Maria do meu sertão!
Dai paz e amor
pro meu coração.
Acordes divinos
vibram os sinos na capelinha;
Violas, violões
soluçam paixões numa tendinha;
Canta a passarada
na beira da estrada em doce harmonia;
Gorgeios de prece,
como quem oferece à Virgem Maria:
Ave-Maria do meu sertão!
Dai paz e amor
pro meu coração.
Ave-Maria do meu sertão!
Dai paz e amor
pro meu coração.