Que saudade, que saudade
Do recanto onde eu nasci
Do cantar da seriema
E do gemer da juriti
Do meu velho pé de ipê
Do angico e da palmeira
Do cantar do sabiá
Nos galhos da laranjeira
Do cantar do sabiá
Nos galhos da laranjeira
Que saudade, que saudade
Do luar da minha terra
Prateando o arvoredo
E a casinha lá da serra
Que saudade da pequena
Que chorando lá deixei
Não chores, linda morena
Que um dia voltarei
Não chores, linda morena
Que um dia voltarei
Que saudade, que saudade
Das festas de São João
Das quadrilhas no terreiro
Do churrasco e do quentão
Hoje longe, muito longe
Vivo de recordação
A saudade vive sempre
Ferindo meu coração
A saudade vive sempre
Ferindo meu coração
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)