Aos olhos da lua – milonga
(L. e M.: Cassiano Mendes e Odair Teixeira)
Bajo la luna y las estrellas...
A estância se adormece,
Silenciosa como prece
Com seu encanto e magia.
Tornando a noite fria
E encarangando a cuscada,
No pasto fica a camada
Da geada, bruta, campeira,
E a eguada caborteira
Com o lombo branco da geada.
Bajo la luna y estrellas,
Um milongão ´pede boca,
Reponta a saudade louca
De algum amor desbocado,
De algum sonho acolherado
Nas cordas do meu violão.
Brotando uma inspiração
Da minha alma charrua,
Porque a mansidão da lua
Amedronta a solidão.
Bajo la luna y las estrellas...
Um mate gordo se achega,
E ao estilo do Berega
Mais um dia vem surgindo.
Com o buçal na mão vou indo
Na direção da mangueira,
Mais uma lida campeira
Que esta lua presencia,
Mas vem a barra do dia
E a lua se vai matreira.
Bajo la luna y estrellas...