Com os ‘ferro’ firme no garrão – rancheira
(L. e M.: Cassiano Mendes)
Termina co’a prosa, já chega de mate,
E ‘vamo’ pro combate com o gado de cria,
Que o cusco preto coleira,
Já ‘tá’ na mangueira querendo anarquia.
João Pedro pega teus pertences
E encilha a égua preta louca de baldosa,
E quando ela ‘pateá’ o teu pé,
Mostra que tem café e atora a rebordosa.
Meu Negro não te ‘apruma’ muito
Que elas te saca só por uma teta,
Te afirma e agarra o pala,
Que essa égua ‘maula’ é cruza com o capeta.
Atira o teu corpo pra traz
Se ela por a cabeça no meio das ‘mão’,
E risca a tábua do pescoço,
Tilitando os ‘ferro’ firme no ‘garrão’.
Fugindo da noite rumando pras casa
Correteando vaca, apartando terneiro,
Eu venho cansando o cavalo,
Rosilho prateado que é flor de campeiro.
Na ponta vai puxando o gado
O João Pedro “horquetado” nessa égua “loca”,
E pra ‘cruzá’ o ‘passo do meio’,
Atirando freio, vem pedindo boca.
Meu negro não te ‘apruma’ muito...