Escorando o golpe – vaneira
(L.:Cassiano Mendes M.:Zulmar Benitez)
Meu verso, cru e lonqueado
Mostrando os olhos do campo,
Com carinho e ternurismo
Enforquilhando meu canto,
Pra um taura rumando as “trança”
Junto à paleta da oveira,
Orientando as abichada
Nessas tocas de fronteira.
Um taita escorando o golpe
No meu lado passo a passo.
Um parceiro que abre a gaita,
Como quem estende um laço.
Qual perfil de paleteada,
Lado a lado num compasso,
Dando a certeza no rumo
E na confiança do teu braço.
Nestas voltas “donde” cruzo,
Tenho um amigo, um irmão,
Que na vida temporona
Jamais me nega o tirão.
Apoiado na confiança,
Merece todo o respeito,
Apresilhado na alma
E aquerenciado no peito.
Um taita escorando o golpe.....