Quando nas rodas de mate
O silêncio se aprochega
Com lembranças tristes
Dos velhos galpões
Dos estancieiros
Dos cavalos e ginetes
De um bom tempo
É a solidão
A prosa se vai
E talvez se chega a noite
Entre o som dos grilos
E do clarão do luar
Os pensamentos que se vão
Pra tão longe
Por entre os pagos
Que pena
Não vão voltar
Nem o chimarrão faz apagar
Os velhos tempos
Dos bons amigos
Das carreiras e o domingo
À longa estrada que deixei a distância
Do bom apero dos amores
E o meu pingo
Nem mesmo o trago
Faz apagar tantas tristezas
Deste chirú
Que caminhou por caminhar
E tem nos olhos a vontade de saber bem mais
De não morrer
E talvez continuar