Aquela árvore despida
Pelas mãos do vendaval
É a árvore do Natal
Dos que não têm guarida
Dezembro noite medonha
A chuva cai de seguida
Tornando inda mais tristonha
Aquela árvore despida
Nem sequer uma só folha
Resistiu ao temporal
Não houve excepção na escolha
Pelas mãos do vendaval
O trovão rebenta breve
Amedrontando o casal
E triste cheia de neve
É a árvore do Natal
Quem não tem casa nem mesa
Quantas vezes diz na vida
Não tem pena a natureza
Dos que não têm guarida