"Campeio a volta do meu ruano uma trincheira
A meia tarde quando o sol procura o poente
E as Três Marias que recorro dia a dia
Compadecidas vão boleando a alma da gente
Essas legendas que meus olhos rastreadores
Aquerenciaram na soleira do galpão
De Dilhermando ao Arvoredo por São Pedro
Quanto segredo do índio pobre meu irmão
De três ontonte uma saudade caborteira
Igual ao ruano que por nada ainda se casca
Pega o estribo e lá se vai vendendo as garra
N'alguma farra de cordeona que se arrasta
Se Deus quiser com a Lua clara eu sigo a lida
Estrela guia que se passa ao Deus dará
A manhanzinha quando o galo acorda o mundo
Naquele fundo de alma nova eu vou cantar
O chão é santo e santa é a terra que me abraça
Como quem laça algum torrena campo a fora
Se vem da cincha para os campos da querência
Pela tenência do cantar das minhas esporas."