Eu fui criado nesta lida campesina
Por esta terra que o gaúcho desbravou
Gosto de potros com massaroca na crina
Sou peão campeiro que do tempo pelejou
Nem bem clareia eu já dou de mão nas guarras
Herança rude que ficou do velho pai
Saio no pingo ao compasso da guitarra
Abrindo o peito e soltando um sapucai
O vento pampeano me revolta o sombreiro
Nas camperiadas no fundo de algum rincão
Recuo o campo com meu fiel companheiro
Um cusco amigo que não sai do meu garrão
REFRÃO
Trago no sangue esta estampa de monarca
E este jeito de fronteiro peleador
Nos potros chucros que encilho deixo a marca
Ea sutileza do gaúcho domador
No meu gateado levo um cacho a canta galo
E me enveredo nesta pampa farroupilha
Porque me basta ter apenas um cavalo
Que me conduza pelo verde da cochilha
Hoje costeio o fundão do banhadal
Enforquilhado neste frete de encilha
Pra ver se encontro os rastros de um bagual
Que a muitos dias desgarrou-se da tropilha
O meu destino é cruzar por estes campos
Da dura sina de domar potros alheios
Seguindo o rumo dos pirilampos
Levando a vida na basteira dos arreios
A lua desponta lá no lombo da cochilha
Anunciando que chegou o fim da lida
Volto pro rancho, para os braços da minha linda
Que me compensa das durezas dessa vida
Trago no sangue está estampa de monarca
E este jeito de fronteiro peleador
Nos potros chucros que encilho deixo a marca
E a sutileza do gaúcho domador
No meu gateado quebro um cacho a canta galo
E me enveredo nesta pampa farroupilha
Porque me basta ter apenas um cavalo
Que me conduza pelo verde da cochilha
Upapapapa aoooo