E de vereda parceiro que o golpe firma na trança
Se o braço busca distância no estender da canhada
Uma terneira abichada que achata a cola por conta
Ritual gaúcho na estampa desta querência sagrada
É de vereda parceiro com a bota sempre estrivada
Que aparto um boi na invernada pra garantir o sustento
Chapéu tapeado com o vento num barbicacho apertado
E um peleguito virado neste fundão mormacento
2 x
Salta calando parceiro, salta calando
Faz um bichinho e afirma a perna no mas
Soca as esporas e afrouxa a boca do pingo
Que as zebuada sobra pata por demás
E de vereda parceiro vamos rangindo a carona
Num resmungar da chorona nalguma folga domingueira
E a sina na por balconera faz esbarrar na cancela
Pra tira a poeira da goela num bolicho de fronteira
E de vereda parceiro que a noite vem espiando
Junto aos buracos do rancho de uma pelea passada
E o vicio ronda a indiada num destorcido com canha
Piscando um olho na sanha e mentendo sorte clavada
2x
Salta calando parceiro, salta calando
Faz um bichinho e afirma a perna no mas
Soca as esporas e afrouxa a boca do pingo
Que as zebuada, sobra pata por demás.