Vivo de noite em noite
Entre as estrelas e a cidade
E por mais que eu limpe o caminho
Crostas negras sempre nascem
Sustento pequenos sonhos
Sacio grandes vontades
Enfrento dias de fúria
Entre a minha morte e minha idade
Destruo mentiras
E ilumino verdades
Experimento amores novos
Com gosto de carnavais passados
Pequenos detalhes
São grandes demais
E as pequenas coisas
São o que fazem mais falta
Mas é simples
E é como se diz
Enquanto o amor morre de velho
Eu vivo este filme de novo
Evidente cicatriz
Espero até quarta feira
Pra assistir o jogo
Espero até sábado
Pra dormir um pouco mais
O domingo acaba rápido
E a segunda pede mais
Mais um primata
Nasce em cativeiro
E eu aqui perdendo
Meu tempo no chuveiro
Não mano
O velho quebrou
Não adianta a mão na testa
O velho jogava
As paradas na minha casa
E o tempo não para
Dependendo do seu ponto de vista
Ou pra ficar mais poético
O tempo não para
Mas até que ponto o tempo existe
Relaxa a periquita
E não me aperrenhe.
É incrível a reação dos macacos
Quando se olha no espelho