Todo esse desgaste
Consome a magia
E o vento levou o nosso amor
Para onde eu não queria
Toda essa poeira consome o lençol
A energia mata fome nos consome entre doses intragáveis
Raios de Sol
Todo esse tabaco
Mata um homem bom
Por isso aos poucos paro e me deparo com o pior dos meus dons
Toda essa beleza
Ao meu coração perturba
E o vento levou nosso amor
Mas a luta continua
Chora mais um rotina comum
Nada nos para e repara
Que o coração cala a cada rastro de bala
Eu sinto a brisa um shot quente
Pra cada ruído estridente
A mente doente se afasta se cala na vala o pecado da gente entende
Fácil seria anular as minhas promessas
Por um fim calar a voz e apenas seguir sozinho
Quem não queria?
Ter toda a felicidade mantendo a mente a vontade pra cada novo caminho
A claridade que vem pela madrugada
Traz a dor essa cidade cilada a cada jornada
Traz saudade de um tempo em que o ódio era pequeno
Não entendia que a lágrima escorre pelo sereno, ponto
Sem discussão ele me disse inconformado
Mal ele entende
Que eu perdoo o sangue quente
O coração não sente
Qualquer gesto de carinho esboça
Para lembrar que cada espinho se divide em outras rosas
(sample Zé Ramalho - Jardim das Acácias)
Nada vejo por essa cidade
Que não passe de um lugar comum
Mas o solo é de fertilidade
No jardim dos animais em jejum
O calor desabrochou
E o sorriso dessa flor
Nessa noite de ninguém
Ninguém lembra mais da dor
Os olhos fermentam luz
A pele grita suor
O som promete pecado
Mas meu bem eu sou pastor
Vire doses de Maria que São Pedro te conduz
Seja minha Madalena que eu te faço vê Jesus
Nessa terra de leões as gazelas trazem luz
Na era das profecias os profetas tão na cruz
Nada vejo na cidade além de um lugar comum
Onde reina a ansiedade nos corações em jejum
Me vê um copo de vodka
Ou melhor vê dois de rum
Deixa quieto o professor já me passou aquele azul
Baseado e puro whisky desce logo mais de um (Vish)
Preciso de drogas fortes pra fazer aquele (Bum)
Atua aqui o rumo e as consequências
De estar entre as criaturas que vagam na mente densa
Todo esse desgaste
Consome a magia
E o vento levou o nosso amor
O silêncio guia o vento
O calor engana a fome
O dragão vive na lua onde o fogo lhe consome
A guerra é por paz, mas a carne ainda tá crua
O solo traz firmeza no arrepio da pele nua
O jogo atrasa o tempo
A noite traz coragem
E vicia como ópio no jardim dessa cidade
Enquanto os animais semeiam fertilidade
No topo do limite os cegos tão de passagem
(sample Zé Ramalho - Jardim das Acácias)
Nada vejo por essa cidade
Que não passe de um lugar comum
Mas o solo é de fertilidade
No jardim dos animais em jejum