Eu sou como o meu dente
Como meu dente da frente
Pois e tirei o aparelho
Mas passou dos fevereiros
E ele voltou a entortar
Ele voltou para o lugar
Eu juro que eu tentei ser
O que você queria
Eu juro que eu fiz
Tudo o que você dizia
Mas o gesso que você me colocou
Me sufocou, então eu tive que arrancar.
Nessa forma que você entrou
Eu não entro não.
Prefiro nem saber quem eu sou
Do que estar no padrão
Pois eu nasci, não fui fabricado!
Mantenha-me, por favor, sempre desenformado!
Senhor encarregado da linha de produção
Da qual fui rejeitado, me escute com atenção
Se eu não rendo o esperado
Ajoelha e reclama, com o meu advogado
Nessa forma que você entrou
Eu não entro não
Prefiro nem saber quem eu sou
Do que estar no padrão
Pois eu nasci, não fui fabricado!
Mantenha-me, por favor, sempre desenformado!
Enquanto o seu olho torto
Só enxerga o meu defeito
Na terra de cego
Ainda posso ser prefeito
Mesmo sendo caolho,
Vesgo e remelento desse jeito.
Sinto muito, mas eu aprendi a dizer:
Sinto muito, mas eu aprendi a dizer:
Sinto muito, mas eu aprendi a dizer:
Os incomodados que se mudem,
Que eu não mudo por você!
Pois nessa forma que você entrou
Eu não entro não
Prefiro nem saber quem eu sou
Do que estar no padrão
Pois eu nasci, não fui fabricado!
Mantenha-me, por favor, desenformado!
desajeitado, desarrumado, desacreditado, desalinhado
Desenturmado tudo bem, se esse é o preço
Eu pago, mas por favor
Me mantenha sempre fora da forma!
Por: Mariana Teixeira
Correção: luana