Quem será?
Quem seria?
Quem já viu?
Quem já foi
Aquela mulher que ousa passar
Em frente á vitrine
Mostrando seu crime:
Um rosto que espelha
No jogo da velha
O riso,a pena,o medo.
Ou será
Que só foi
Ao jardins
Pra comprar
Pancake e papel pra os seus nobres fins.
Acima de tudo,
Da lei e do ludo
Da gente que passa
E que fica de graça
Na fita da praça
Moderna.
Sempre vai de sacola e rayban
Por aí...sob o sol do mangue-sertao.
Parece uma miragem
Em meio ao oásis
Que é outra miragem
Que surge no mangue
E encanta e alucina
A gente feliz.
Quem será?
Quem seria?
Quem já viu?
Quem já foi
Aquela mulher que ousa passar
Em frente á vitrine?
Um rosto que exprime
A gente que passa
E que fica de graça
Na fita da praça moderna.
Invertendo os papéis,
Pondo os pingos nos is,
Mesurando os ais,
Relevando os uis,
Desenhando mil sóis
Com rabiscos de giz
Eu me arrisco a dizer:
-maria augusta é bem mas feliz!