Como diz um castelhano
“El mundo es lindo demas”,
Pois, na vida dos paisanos,
O feio a gente é quem faz.
Me lembra de um livro sagrado,
Muito mais que milenar,
Porque o homem desgarrado
Se descuida no semear...
Nesta linguagem de campo,
Nas lavouras missioneiras,
Quero fazer do meu canto
Um grito de abrir porteiras.
Há de sair das Missões,
Humilde com Sepé,
Para encantar gerações
Que entendam melhor a Fé!
E nesta prosa com Deus,
Nas minhas rezas terrunhas,
Para crentes e ateus,
Procuro ser testemunha.
Com este amor pelos meus,
Ao próximo e semelhante,
Palestinos e judeus,
Meu canto há de ir adiante.
Vou cuidar melhor das cercas
Do lugar que já plantava,
Para que nada se perca
Das sementes da Palavra.
Também não posso esquecer:
Terra seca não se lavra,
Pois só depois de chover
A seara se desbrava...