Eu quando penso que jogamos tudo fora
E que você já foi embora esquecendo nosso lar
Me modifico, sinto ódio de mim mesmo
Por dizer coisas a esmo e depois ter que chorar
Mas quando penso que você também errava
Que às vezes me evitava, me deixando pra depois
Eu que padeço e a amo loucamente
Me condeno de repente tendo ódio de nós dois
Tantas pessoas que torciam pela gente
Nossos amigos ou parentes vem falar-me sobre nós
Eu me envergonho arrasado moralmente
Um soluço finalmente vem calar minha própria voz
Tudo por causa desse amor tão imaturo
Que apressou nosso futuro e a nós todos enganou
Amor loucura, sem juízo ou esperança
Um brinquedo de criança que de frágil se quebrou
Quando me dizem que você quase não come
E que só fala em meu nome e não se esquece de mim
Eu quase morro de angustia e sofrimento
Me pergunto em pensamento como pode ser assim?
Que contra-senso este amor de adolescentes
Que por ser inconsequente pela vida se perdeu
Plantinha triste que nasceu na primavera
Mais fraquinha como era vicejou, mas não cresceu
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)