A Lua é testemunha
Que o âmago da alma
Imbuído de calma
Abraça uma saudade
E põe-se a cantar
estrelas cintilantes
Que dançam céu afora
Refletem na viola
Sensibilidade de quem sabe amar
As mãos às vezes tensas
Se apegam uma a outra
Procuram controlar
Memórias amorosas
Que o tempo atiçou
as marcas do passado
Amargam minha mente
De forma comovente
Fiz triste a canção
E a noite chorou
Sozinho na noite
Feito um vagabundo e louco de amor
Faço das janelas meu palco de shows
me encolho me humilho
e canto o que sou
Um caso perdido
O amante da lua
O incompreendido
Um lixo da rua
é que sou poeta
E poeta é louco
Tem amor demais
Tem de tudo um pouco
Tem sede de Justiça
Esperança no vento
E crê que em breve tempo
O tempo de tristezas poderá findar
tem medo da inveja
Por saber que a poesia
Transmite alegria
E muita gente má
Deturpa por pesar
Tem as reflexões
Tem medos tem virtudes
Tem paz nas atitudes
Por ter ideal
Tem ódios na explosão
tem pensamentos próprios
Tem sede de igualdade
Fé na sinceridade
Febre de direito
E defende a razão