Refrão: Uma lágrima de esperança molha o avental
Alimenta o desejo de um dia ser igual
(bis)
Mais um sol nascente que ilumina a nossa vida
Dá luz à nossa mente numa enorme ferida
Que já vem ultrapassado o coração feminino
Dor, tristeza, assim traça o destino
Na história da Mulher, na glória de um dia
De poder partilhar, sentir a democracia
Liberdade de falar, expressar e lamentar
Esta sede de igualdade que deseja um pouco de água
Desta sociedade pra molhar esta mágoa
que arrefeça esse espírito que toda a noite canta
E algumas palavras que estão presas na garganta
Que querem sair, mas ninguém as quer ouvir.
Refrão
A minha alma grita de sofrimento
Quando penso na mudança, e nesse momento
Sou condenada (pela crueldade) a sofrer (até ao fim) como uma bela flor fora do seu jardim
Refrão
Escrava interna, sempre a lavar a roupa
Mulher moderna, mesmo assim ninguém te poupa
Dona de casa chamas a isso tradição
ou uma simples farsa que camufla a discriminação
Derruba os direitos de uma igualdade
Qual o proveito dessa indignidade
Para além de uma revolta que se sente à nossa volta
E o sentimento que nos encanta vem do coração
À espera de uma porta aberta e o direito de opinião.
Sei que este mundo, não é ferfeito
Mas tudo o que eu quero é fazer parte do jardim
Nesta terra, neste mundo, oiço vozes de mil flores.
Nesta terra (nesta terra) neste mundo (neste mundo) oiço vozes (oiço vozes) de mil flores (de mil flores)
Nesta terra, neste mundo, oiço vozes de mil flores
Com o sonho profundo de querer ser igual, sentimento universal
Um desejo que é secreto, um grito que não se consegue,
Uma esperança que morre, é uma lágrima que escorre
Molhando corações, molhando corações.
Refrão