Vivendo, na cidade nebulosa eu vou crescendo
o medo e a solidão ilustração do meu tormento
eu sigo atento
me esquivo do perigo eminente
caneta e papel, material nuclear em minha mente
que é indiferente com o perigo que eu guardo
em cada linha eu explodo retratos pelo meu quarto
me embaraço em cada traço
no beat eu busco a inspiração
pronto novamente motivado a confusão
sou mais um cidadão cansado só com 26
a maquina perfeita para incomodar vocês
controlo vez a vez jogada
como no xadrez cilada
minha atenção destaca
eu quero um hino pra quebrada
Não é só palavra que eu te trago é mais que isso
o futuro é seu que traça cada objectivo
sei que sabe disso então aceite o compromisso
braço forte e o peito nobre
te tira do precipício
Enquanto o hospício guarda varias mentes sã
a rua é mais violenta que a guerra do Vietnã
como talismã o amor invade e insiste
força na batalha pra mudar o final triste
A plateia que te assiste
te vê ao fio da navalha
tudo errado ao seu lado e eu sei como atrapalha
onde amizade é escassa onde o orgulho embassa
onde a pobreza destaca cenário nossa empreitada
Enquanto grana valer mais que honestidade
soldados de chumbo serão mortos em combate
Homens de verdade tem consigo o que é certo
respeito na morada é o caminho para o progresso
Em cada sorriso honesto o prémio que é almejado
a chegada esperada de um trabalhador cansado
o peso em cada passo de quem viaja pra trampa
só Deus sabe a distancia para o sustento do lar
sem tempo pra pensar, sem tempo pra parar
e o desespero rotineiro novamente vem te visitar
se entregar não dá, tem que ser forte
malandro de verdade não da o pescoço pra corte
E se mesmo um dia o holofote
fizer eu esquecer que fui pobre
no gole do santo que é nobre eu misturo a fé com a sorte
respeito a morte, mas no momento exacto
deixa eu ir embora porque o tempo é embaçado