Neste arranha-céu tristonho
No momento em que componho
Esta canção
Uma frase inesperada
Dói na solidão gravada
Como um refrão
Nosso amor não vale nada
Um vulcão na madrugada
Uma tristeza ao sol
Não basta palavras novas
Melodias radiosas
Para ferir um rouxinol
Se eu escrevo aqui seu nome
Essa rima me consome de paixão, meu amor
E a saudade, essa cachorra
Quer que eu mate, quer que eu morra
Numa canção banal
Teu olhar me inventa ao mundo
Vejo o céu azul profundo
Até o chão, meu amor
E a canção diz que te ama
O sol já saiu da cama
E eu não cantei em vão
Claro que chorei
Lágrimas de amor
Nas vidraças deste tarde fria
Na fumaça da melancolia
Volta meu amor
Quanta insensatez
A razão despedaçou
Nas verdades mais incoerentes
Na saudade que meu corpo sente
Do teu louco amor