Quando a chuva chega é certo que arregaça
E se a chuva volta vê se não me embaça
Não uso chinelo, eu uso alpargata
E se a chuva volta eu pego a minha galocha
Na minha guaiaca peixeira afiada
Baralho de truco nunca me atrapalha
Minhas calças largas, nunca deixa falha
Pois hoje sou rasta ...
rasta de bombacha, rasta de bombacha
A laço espora
começo o meu verso ?A la puxa tche!?
guaipeca do lado, a bombachado ?oi gualê?
me viu quietinho, me tirou pra papudinho de bobeira
não sabe que boi manso é que arromba a porteira
mas quando a chuva chega é certo que arregaça
mas galderio xiru veio não se abala, com sua bombacha,
a lábia e a adaga
gente que não gosta de entrevero larga a adaga
pois eu sou de Paz e vivo aqui em Poá
herança cultural gaúcha tá representada
no Galpão Crioulo, na Confecções Galderio na esquina
da minha baia
?Lá que compro a farda?
xiru, guasca, boa capital é minha cara
varando centro de guerreiro, a pochete é minha
guaiaca
mexe logo buena acha, acha lindo que tem tara
quando guri, visitava parentes: São Gabriel, churrasco
campeiro ou no aniversário do Rigon
ouvindo Jairo Lambari, César Passarinho, Barra do
Ribeiro
mas quando volta pra peleia da rotina
sento o cavalo a chucra, solta a redia e deixa á
crina
em cima do laço aguento firme os trancos
escondo de meu os meu cabelos brancos
o orgulho às vezes, passa pelo ralo
mas humildade levo sempre na rança do meu cavalo
xiru, guasca não lambe a minha espora
larga campo a fora, com o coro na cola
Quando a chuva chega é certo que arregaça
E se a chuva volta vê se não me embaça
Não uso chinelo, eu uso alpargata
E se a chuva volta eu pego a minha galocha
Na minha guaiaca peixeira afiada
Baralho de truco nunca me atrapalha
Minhas calças largas, nunca deixa falha
Pois hoje sou rasta ...
rasta de bombacha, rasta de bombacha...
rasta de bombacha...