Adeus vales de água cristalina
Verdes campinas das invernada
Adeus casa do alto da serra, a floresta da passarinhada
Com "paxão" e sentimento eu digo
Adeus moreninha da feição corada
Minha vida vai ser muito triste porque terminei
Com minha namorada
Muito tempo eu fui teu amor
Para mim não me faltava nada
Eu mandava cartinha pra ela, recebia resposta selada
Pois eu tinha prazer
Quando eu lia cartinha escrita por mãos delicada
E conforme a resposta que eu lia se eu tava nervoso
Eu já dava risada
Quando era para mim te ver
Enfrentava até chuva pesada
Caminhava três leguas por hora assobiando
E cantando na estrada
Eu saia na sexta de tarde
Voltava na segunda de madrugada
Pra te ver eu saia contente voltava nervoso
Por deixar minha amada
Hoje eu vivo "que nem" um craveiro
No degredo judiado com a geada
Atacado de tanta saudade
Meu coração da fortes pancada
Hoje em dia eu não caso mais
Você moreninha que foi a culpada
Impossível ainda fazer roda um pavão do reino
Com as asas quebradas