Milonga saca o sombreiro
Que hoje meu sonho estradeiro parou pra descansar
Campeou o sal de palavra
Na imensidão de uma lagrima que veio do meu olhar
Venho judiado da lida
Das ganhas e das perdidas, marcas que o tempo deixou
A magoa dita o compasso
E a solidão num abraço a muito se aquerenciou
Tristeza num lamento, saudade que se demora
E luz e sentimento, no passo lento das horas
Tocando essa carreta da esperança
cruzando a imensidão do campo largo
Vencendo o peso longo das distâncias
Vou eu o pingo e o mate amargo
Cantando vou campo a fora
milonga em tom de quem chora
Cantando vou campo a fora
milonga em tom de quem chora
Milonga em tom de quem chora
cantando vou campo a fora
Sempre que fico calado
O sonho no meu costado busca razões pra seguir
A alma reza uma prece
Coração que parece não ter caminhos pra ir
Cruz credo deus nos defenda
Se o sonho tranca na emenda
não tem quem toque por diante
Quando o lamento e de casa
A magoa busca uma vaza e molha os olhos da gente
Tristeza num lamento, saudade que se demora
E luz e sentimento