És o meu oxigénio
(João Morgado)
Como és doce, meu bombom
Esses lábios cor da amora
Desejo-os assim, sem demora
Meu pecado feito dom
Meu delírio de edredão
Com cheiro do raiar da aurora
Rendo-me á tua sina
Neste amar-te com loucura.
No meu devaneio encantadora
Teu olhar me ilumina,
És meu céu, minha menina.
Livre áurea, sedutora
Liberta-me deste delírio.
Quero-te sorrindo, meu amor,
Esse brilhar, tentador!
Quero-te! Sê meu colírio
Meu reflexo de puro sírio
Num conceito inovador
És quimera feito alimento
Que em mim reina, soberana
Pelo amor que de ti emana.
Desde o primeiro momento
Sublevas-me o pensamento
Como oxigénio desta chama
Meu turbilhão de loucura
Do pecado a salvação
Meu delírio em evolução
Quero brindar-te a ternura
E quero isto em salsa pura
Ao ritmo da nossa canção
Neste apogeu da felicidade
Neste sentir em cascata
És a água que a sede mata
O meu astro-rei em liberdade
Jorros do vulcão nesta verdade
Amo-te! És o sonho que me acata!
28 de Julho de 2008