Foi revirando o que guardo na lembrança
Do meu tempo de criança no sertão de Quixadá
Que me lembrei naquelas noites no terreiro
Chegavam quatro vaqueiro e sentavam pra conversar
E as histórias que aqueles cabras contavam
Envolviam e amedrontava as pessoas do lugar
Era do céu que descia a maldição
uma espécie de clarão,ninguém sabia explicar
Naquela noite bonita e estrelada
Eu e minha mulher amada numa barra circular
Depois de um dia muito longo de trabalho
e eu cansado pra caralho só pensando em me deitar
Foi que dum susto levei uma queda danada
E de repente na estrada uma luz "vei" me cegar
Com muito esforço consegui ficar de pé
procurei minha mulher e soltei o pau a gritar:
"Corre, Margarida! Lá vem o 'Aparêi'!!!"
(Acontece sempre nas noites de lua cheia
Quem tiver suas cabra, pelo amor de Deus,
Que não saia debaixo de suas "teia"
Pois na noite passada ele "vei",
E carregou minhas criação "tudim"
levou até minha cachorra baleia)
Êêêêêêê.....