Sinto o meu semblante à brisa solta
Preso pelas garras da razão
Bicho do mato, bicho-mundo!
Sempre obedecendo a minha mão
Vou tremelicando, carrego um coração
Que serve para bombear meu sangue
Sou tique-nervoso, sombra e ilusão
Rosto de salitre, piche e cal
Retalho de carne, rosto de miragem!
É osso, cinza e pó
Mas sei que em sonho
No pino do meio-dia
Sou Gregor medonho
E Zé Arcádio Buendía
Oxe! que coisa boa no ar
Vôte! que lua doida a bailar
Vou contando os astros que eu vou endoidar
Por isso eu vou mandar meu côco
Cheio de euforia
Sair do sufoco, menina
No padecer do dia
Ô versão
que cai agora aqui
Saltando em minha mão
Pra me iludir