De férias no fim do mundo
Não queria encontrar nada
A não ser minha própria paz
Ouvir estrelas na madrugada
O orvalho que molha a blusa
A chuva encharca a rede
vêm da mesma água
que mata a minha sede
Refrão
A música do natureza
Acalmava tudo aqui
O solo do bicho grilo
Assovio de bem-te-vi
Percussão da ribeira
Na dianteira o juriti
E eu me sentia um bicho
Que fazia parte dali
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá
As aves, que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas várzeas têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida mais amores
E por falar no sabiá, o poeta Gonçalves Dias é que sabia
Sabe lá se não queria
uma Europa bananeira
Diga lá, tristes trópicos
sabiá-laranjeiras