Passado paralelas mantendo distância
Visto de longe com uma certa constância
Entre quebradas ouvia dentro de casas
Caixas de carros quebrando vidraças
Assistindo a junção criando show
Batida e verso misturado com gol
Mecânica mostrava força no movimento
Boca a boca propagava igual a vírus no vento
Velocidade colisão na ideia
Rodando tirou sua mente da inércia
Quase se encontrou como assíntotas
Lembro das aulas de paroxítonas
Filosofias teoremas pitágoras
Biologia genes hemácias
Ao longo dos anos surgiu a tangente
Encontrou uma vez queria que fosse sempre
Depois do encontro entre esses dois
Pontos de bate e pronto emoção encanto
Gravou seu canto no canto do cômodo
Método incômodo de modo cômico
E agora
Meu rap é sem limites meus temas
São derivados de histórias
Oculares vivências lá do passado
Sistemas alterados mudança de
Resultados de cálculos não exatos
Distorção de atos e fatos
Momentos passados entre seres
Dotados de inteligência coerência
Entre o diálogo e a ofensa
Palavras são fortes com o dedo
Apontado não se apegue no ódio deixe o ódio de lado
Integrais são períodos escrevendo
Compassos papel com ideias mudança de hábitos
Multiplicando forças somando pessoas a
Busca por melhoras vem pra você como uma escolha
Somente uso lápis sem calculadora
Preciso do caderno faço conta na folha
Depois de graduado parecia fundamental
Cada grupo cada época empolgado atemporal
Anos de estudo em aritmética português
Sem fita métrica licença poética
Formando um ideal não mais descompassado
Entre linhas escrevo apertando o passo
Nessa escola aprendi que um guerreiro
De fé nunca gela, respeito
É pra quem tem não quem dá goela
Entre ruas vazias no camelô piratão
8 Horas da noite ouvindo rap do bão
Eu corro atrás nunca é demais assim que se
Faz vai que vai seja de paz malandragem
Eu só não posso me esquecer de lembrar
Sei que o que é certo é certo eu me preservo