Tambor e sinos dobram
Ebós, matintas, cruzes
Calor fervendo almas
Suor em mãos e cordas
Filhos de Deus em lótus
Devotos, sagrado ócio
Na hora divina da vida mundana
Fogos nas fitas em braços
Que acendem velas pra Deus, Diabo
Rezam e dançam o Auto do Céu
Profano circo, sagrada força
Ninguém dorme
Antes bebe com entidades e santos
Só dança quando passa a última vela chorando
Lançar na rua os fogos
Dormir noite de mantos
Chorar, fluidos, gente
Que passa, reza e chove
Enfim soltar cordões de pássaros
Deixar que ateu até seja
Ninguém está condenado
Ninguém está aprovado
Fogos nas fitas em braços
Que acendem velas pra Deus, Diabo
Rezam e dançam o Auto do Céu
Profano circo, Sagrada Força
Ninguém dorme
Antes bebe com entidades e santos
Só dança quando passa última vela chorando
Vezes dissonantes e divinos em cores e sons
Vezes dissonantes e divinos em silêncio