Flores na minha camisa
Num dia de domingo
Aceito com efeito mas com receio
Peço pra parar
Madrugada instigada às vezes
Situação
População parada
Maranguape, piedade
Cavaleiro, boa viagem
Pina e imibiribeira
Bairros legais de se morar
E às vezes praticar atividades estranhas
Co-estranhas e pessanha
Das aranhas que sobem nas paredes
Baseadas nos tinteiros dos morteiros
Que vivem no marco-zero
Assim eu espero
às vezes eu só quero viver em paz
às vezes eu só quero deixar pra trás
às vezes eu só quero viver em paz
às vezes eu só quero deixar pra trás
Andando na cidade eu vejo
Gente estranha
Olhares atentos
Sempre alerta
Como sentinela no embalo do tempo
No momento
Muita calma na alma
Basta um piscar de olhos
A vida muda
Tudo muda
Se estrutura
Mas jamais se desfaz
às vezes eu só quero viver em paz
às vezes eu só quero deixar pra trás
às vezes eu só quero viver em paz
às vezes eu só quero deixar pra trás