Hoje sentado aos pés do braseiro
A saudade me avança de laço a soguaço
Lembrando do tempo que eu abria peito
Tocando e cantando na força do braço.
Um dia cansado de tocar fandango dobrei
O meu mango pra outra querencia
Porém não sabia que estava mudando
Acabei matando a gaúcha consciência
O ronco do trator e a minha cordeona
O minuano chucro sua o contra baixo
Batendo nos galho parece a guitarra
E o semeador vai marcando o compasso
Este é o cojunto que hoje me acompanha
Eu abro peito num tom de lamento
Mas eu inda espero um dia voltar
Para o povo cantar e mostrar meu talento
Eu querro encerrar este cantos campeiros
Aos meus conpanheiros eu deixo um abraço
Que foi um prazer com eles cantar a ouvir falar
Esta homenagem eu faço
Eu sou um gaúcho e quero que entenda
Um peão de fazenda que a pampa pariu
Tradição que sempre se expande
E viva o Rio Grande garão do brasil