Menina lavadeira, da beira, beira da estrada
Jogada às traças da vida, devora, logo, vomita
Seu jogo apara o fogo, intimida, logo, sucinta
Menina
Com os pés descalços, realça os sonhos da vida
Que gira
Lá de madrugada, ela muda toda sua veste
E se esquece
Do batizado e noivado, todo passado emburrece
Gosta apenas de frases curtas, os detalhes
Não carece
Mulher e o homem são tratados com o valor
Que oferecem
De manhã cedinho, menina já chega em casa
Cansada
Tira um cochilo na sala, acorda para a rabada
Ela diz que não se apresse, o amor amadurece
Tirando sua sandália gastada, sente o chão da
Caminhada
Lá vai menina de novo, fazendo o seu jogo
Ficando no relento
Lá vai menina de novo, fazendo seu jogo
Tirando seu sustento