Veio que veio que veio, veio despontando
Descendo o caminho do rio
Em um passo chegou, no outro partiu
E depois, tudo dormiu
Mostra-te pois quero ver-te
Quero melhor conhecer-te
Revela-me os teus segredos
Eu te confesso que sou feito as folhas do arvoredo
E vou sair por aí, sem pensar
Encontrando novas formas de dialogar
Ver a vida de outro lugar
Água, que sai da nascente não volta mais
Vira correnteza que vai, vai, vai
Cai da cachoeira e não se desfaz
Ao contrário se refaz
E as suas gotas flutuam
E são fecundadas no ar
Depois precipitam-se ligeiro
E na terra vem se deitar