Rio, um dia, um mês, de 1978
Meu amor, talvez seja essa a última carta
E eu chorei, estava escrito
Como na velha canção
Já li e reli e ali na tua assinatura eu aprendi.
O amor acaba nesse quarto desatento
Destinatário sou eu
E o pensamento otário de repente se detém
No remetente estava escrito
Você...
A carta não mente
Estava certo o endereço
O fim me leva ao começo, tão cruel chorar
Sobre teu nome é em vão o telefone chorar
Num papel tão atraente e estranho na minha mão.
Eu só queria saber que amor inconsequente
Pôs a pena em tua mão...