Ao pé do fogo vou acalmando meus anseios
Quando floreio de mansinho um vaneirão
Pra relembrar de relancia o tempo antigo
Num sentimento que me invade o coração
Esta cordeona traz magias e segredos
Quando meus dedos passeiam numa vaneira
Vou resgatando a nossa herança do passado
E o telurismo da minha infância campeira
Talvez um dia as sementes do meu canto
Germinem sonhos com raiz e procedências
Pra renascer afirmando estes valores
e florescer a alma chucra da querência
Quem traz marca do passado no seu canto
Enraizada nos costumes do seu povo
Vai repontando a história de uma raça
Pra ressurgir na viração de um tempo novo
Por isso eu canto meu Rio GRande de alma aberta
Minhas origens, meu amor por este chão
Nestes caminhos do meu pago campesino
Acho tão lindo das rédeas ao coração.