Observando a vida busco na memória minha doce infância
Saudade d’um tempo dourado tudo era perfeito era uma criança
Aquele colo de mamãe tranquilizando o filho me dava esperança
Mas o tempo foi passando e as fases da vida se modificando
Cansado e sem a mesma inocência nos braços de outros volto a ser criança
Quem ver o fardo aqui pesado jogado num canto, d’um quarto nos fundos
Pensa que a memória é falha e que nem lembro mais de ter sido importante
Não pensa que nem os cabelos brancos, nem as marcas do tempo me fez entender
De fato se o pior nessa vida é ser aturado ou ser esquecido
Meu papo é desinteressante, só como se sobram migalhas de pão
O filho e pai que foi querido é avô perdido nessa solidão
Sem forças vou partindo agora, sinto que atrapalho a que tive importância
Ao morrer não deixo saudade, mas foi bom lembrar da minha doce infância
Ao morrer não deixo saudade, mas foi bom lembrar da minha doce infância