Somos gente sem terra
Flautas sem sopro
Somos ódio sem guerra
O silêncio no estrondo
Nativos da pedra
Histórias sem rumo
Somos tribos do tempo, acorrentados por sonhos
Somos tribos do tempo dos sonhos
As armas e os ladrões, defendendo as orações
Desarmando o caminho e mostrando ao destino
Que assim somos reis, que imperam solidão
Num vaso sem raiz, esmorecendo os jardins