Quinze pras cinco, cavalhada na mangueira
Vamo pegá que tá polianga a madrugada
Entre uma prosa e um assovio
De vaneira
Pra ela, pra cá, já tô de égua encilhada
Pra se enxergar só quando no céu relampeia
Clareia o campo lá no fundo da invernada
Também faz parte da encilha quando enfeia
O poncho atado na anca da minha gateada
Se chega a chuva
Não me agarra
Sigo assoviando
Em cima das garra
Poncho de napa
Pelego virado
Livrando a cara
Um chapéu desabado
(Quem sai prevenido)
(Não volta molhado)
Empeça a chuva e cada um tá na sua volta
Com suas escolta porque tem que junta o gado
O capataz quer apartar ali no rodeio
Bico da bota e já sacamo pra um costado
Só se cuidamo porque o piso tá molhado
Vamo baixar com esses boi gordo pra mangueira
É bom que chova por que apesar do barro
Ainda é melhor que a respirando a polvoadeira