Ouça o canto dos morcegos,
Veja o encanto dos placebos,
Sinta o manto dos coitados
Toque no santo dos injustos
Cheire o pranto dos minutos.
Entenda o quanto necessito
Saiba, do pasto sou a flor,
Da vida, da vida sou amor,
Venha, o tempo não espera,
Corra! A vida acelera,
Mande o quanto tu quiseres,
Faça o que quiser fazer,
Mas deixe, os meus pulsos são meus,
E os corto quando eu bem entendo.
Deixe sua vida pra depois
E não esqueça do tempo que já foi,
Ouça o canto dos morcegos,
Veja o fim dos meus desejos
Sinta a força dos guerreiros
Toque no templo dos arqueiros
Cheire, e não tenhas mais medo.
Sou dono de mim mesmo,
Sou, sou meu e de mais ninguém,
E deixe! Os meus pulsos são meus
O sangue é sândalo pra mim.
Eu sou meu, eu sou assim,
Eu sou teu, eu sou de mim.