Falo sem medo,
Mas peço segredo,
Coisas que sei,
Mas não conto nem por lei,
Lá em cima eles olham tudo,
Podem ver a honestidade de todos,
Não se conformam por serem assim,
Traçaram tudo, até seus fins,
Pois são políticos,
Nesta terra de ninguém,
Riqueza, e poder eles querem,
E passam por cima de todos,
São muito loucos,
E não pensam em seus atos,
Eu os odeio,
Mas às vezes são bons, eu fico na coluna do meio,
São amigos imaginários,
De um povo que não é otário,
São competidores assíduos,
Por que desejam votos e mais votos,
Como eu amo esses políticos,
Eles são meus amigos,
E eu sou um hipócrita,
Que é cego e idiota,
Ora sou igual a eles,
Ora tenho ódio deles,
Às vezes me mato,
Tem dias que eu nasço, que eu morro, que eu os bato,
Pois são políticos,
Nesta terra de ninguém,
Riqueza, e poder eles querem,
E passam por cima de todos,
Porra! Será que não percebem?
Esta merda, nem dono têm,
Que bosta, eu fico revoltado,
Eles nos tratam como doidos,
Levam isso num modo desregrado,
Mas ainda não viram bem, o meu jeito estourado,
Sei que às vezes exagero,
Desculpem-me políticos, mas como vocês, eu também
erro,
Mas esperança é a ultima que morre,
Todos querem que isto melhore,
A vulgaridade de como caminham os fatos,
Irrita-me, me deixa nervoso, tal qual todos os
brasileiros,
A desigualdade,
A maldade,
É coisa normal,
Rotineira e nada superficial,
Nas profundezas deste povo,
Seguem honestos os velhos, e enriquecem os novos,
No tapa que levei dum colarinho branco,
Percebi a dor da maldade, que eu mesmo estanco,
Pois são políticos,
Nesta terra de ninguém,
Riqueza, e poder eles querem,
E passam por cima de todos.