Sorria, Cubango! desperta a emoção
Brilhando lá no horizonte eu vou
Rezar que saibam dar ao povo mais amor
Voltei pra festejar o centenário
Sobrevivi o adverso lutando
Chorando, cantando desenhei esse cenário
No samba imortalizei meus versos
Sai por aí levantando poeira
Através do espelho me vejo Nogueira
Sou nó na madeira
Boêmio da noite versando ao luar
Quis o cativeiro, decantar
Pedi ao céu o poder da criação
Com negros e brancos veio a força da inspiração
Um ser de luz vem iluminar a minha fé
Clareia os orixás no meu batucajé
Ô clara guerreira
Um canto a saudade que vagueia
Ogum iê meu pai iansã me guia eparrei oyá oyá
Vem meus caminhos clarear
Andei pelos vales das dores
Espere nega por Inês e Maria
Eu não sabia que o poeta sentia amores e dissabores
Eu hein rosa nada me assombra
Esqueço as mágoas no clube do samba
Quem sabe é Deus
Onde vai meu coração
O samba rubro negro
Na Portela, minha paixão
Além do espelho meu pai fui eu
Para meu filho quero ser espelho seu