Dizem por aí que eu morri
Das profundezas do mar ressurgi
É Colorado do Brás o meu castelo
Ser feliz é o que mais quero
Vermelho é guerra e o branco é a paz
Que rei sou eu amado demais
O arauto real ecoou
Dom Sebastião chegou
E o desejo se fez presente
Em festa a coroa e o povo contente
Capitão de Deus em Lisboa nasci
Infante atrevido coroado cresci
Na fé me encontrei
Cruzadas liderei
Ventos de liberdade, sede, Sol e saudade
Em Marrocos chega a expedição
Fogo Mouro, à frente foi o meu peito
A ambição sucumbiu, sonhos no deserto desfeitos
Salve São Sebastião meu padreiro
Ao meu povo
Profecia
Eu voltaria
Uma flecha não basta pra calar nossa voz
Santo Guerreiro rogai por nós
Será Fui pra Índia com monges morar
No mosteiro o equilíbrio buscar
Falso ou verdadeiro o malandro confeiteiro
Em Veneza até quem confundiu
Tirou onda no meu nome mas a máscara caiu
Na Bahia o sertanejo sofredor
Em Canudos Conselheiro me esperou
Mas foi no Maranhão que resolvi morar
O touro negro faz a lenda eternizar
Na praia dos Lençóis pra nunca mais voltar
Encantado beijando o luar