Acenda tudo que for de acender
Deixa a fumaça entrar
Sobô nirê mafá, sobô nirê
Evoco, desperto
Nação coroada
Não temo o inimigo
Galopo na estrada
A noite é abrigo
Transbordo a revolta dos mais oprimidos
Eu sou caboclo da mata do catucá
Eu sou pavor contra a tirania
Das matas o encantado
Cachimbo, já foi facão amolado
Salve malungueiro, juremá
Ê juremeiro, curandeiro oh
Vinho da erva sagrada
Eu viro num gole só
Catiço sustenta o zeloso guardião
Capangueiro da jurema
Não mexe comigo não
Entre a vida e a morte, encantarias
Nas veredas da encruza, proteção
O estandarte da sorte é quem me guia
Alumia minha procissão
No parlamento das tramas
Para os quilombos modernos
A quem do mal se proclama
Levo do céu pro inferno
Toca o alujá ligeiro
Tem coco de gira pra ser invocado, kaô, consagrado
Reis Malunguinho encarnado
Pernambucano mensageiro bravio
O rei da mata que mata quem mata o Brasil
A chave do cativeiro
Virado no exu trunqueiro
Viradouro é catimbó
Viradouro é catimbó
Eu tenho corpo fechado
Fechado tenho meu corpo
Porque nunca ando só